terça-feira, 31 de março de 2009

‘PSEUDAS’ NÃO SENTEM CALOR


E Nara dá o ar da graça para um post simples e pseudo. Afinal, moda, cachecol e calor é o ápice da pseudagem. Segue:

"Em pleno calor piracicabano, flagro algumas garotas ‘pseudas’ com cachecóis, às vezes boinas, polainas, às vezes tudo junto. Como diria uma hermana exilada na Argentina (perdoem o lirismo pseudo-comunista), 'há necessidade?'."



domingo, 15 de março de 2009

A pseudagem fazendo sucesso

E não é que a Folha de São Paulo, ou melhor, o Guia da Folha, ou melhor, o crítico de cinema Amir Labaki, utilizou o termo "pseudo" para definir um filme?


Haha... estamos influenciando...

segue:

sexta-feira, 13 de março de 2009

Quando a Morte lhe cai bem


“A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar”

Canção para a minha morte – Raul Seixas



Estive pensando muito na morte! Sim, em como ela pode ser pseuda...


Imaginei então se as lendas do rock como Lennon, Raul, Hendrix, Janis, ainda estivessem vivos. A pseudagem poderia não existir. Afinal, esses caras, e muitos outros tantos de outros, estão entre os maiores líderes da pseudagem e, principalmente, a partir das suas mortes.


Alguém já ouviu os discos solos de Lennon? É a experimentação Cult com paladar underground alternativo submundo geral anárquico e pseudo. Só virou o primeiro beatle guru quando tornou-se um su-ces-so com o tiro afagado por seu corpo frágil naqueles anos 80.


Raul criou filosofias, inventou metáforas e até hoje é guru dos pseudo malucos. Mãããs é mito porque a morte, na esquina, lhe beijou.


Hendrix tacou fogo na guitarra e também virou santo do pau oco dos solos de seus seguidores. O mundo dos guitar heroes e playstations não seriam os mesmos sem o velho negão, mas ele por aqui não teria a carga mitológica acoplada em toda sua carcaça histórica.


Janis, putz, Janis inventou o canto sem canto, a voz sem a voz, o grito sem o sopro. Ela é a cara da pseudagem. Mas tua morte sacralizou aquela figura pálida que ficou mais pálida ainda.


Além deles, existem baldes de outros. Imagine, por exemplo, o que seria do nosso cinema sem o Cinema Novo de Glauber Rocha. Toda aquela pseudagem em preto e branco serviu para dar a nova cara do cinemão nacional. E eu falo daqueles que enchem a tela de emoção, razão e nudez. Brasileiro não sabe fazer comédia, principalmente se for romântica. Fica aquela punhetagem de Ctrl + C, Ctrl + V do cinema americano e italiano. Aff...


Mas, voltando à morte de Glauber, se estivesse unido a cá, entre nós, nos dias atuais de hoje (adoro pleonasmo), será que ele estaria fazendo favela-movie ou pós-graduando em abstrato, like the radio-tv students?


Atitudes pseudas na morte, ou na autodestruição, também servem para mudar o mundo. Vamos lembrar alguns nomes mortos durante as décadas passadas e o que constava nos seus relatórios de óbito:



3 de julho de 1971 - Jim Morrison, causa não comprovada, aos 27 anos

16 de agosto de 1977 - Elvis Presley, insuficiência cardíaca, aos 42 anos.

2 de fevereiro de 1979 - Sid Vicious (baixista dos Sex Pistols), overdose, aos 22 anos.

18 de maio de 1980 - Ian Curtis (vocalista do Joy Division), suicídio por enforcamento, aos 23 anos.

1 de abril de 1984 - Marvin Gaye, assassinado pelo próprio pai, aos 44 anos.

24 de novembro de 1991 - Freddie Mercury (vocalista do Queen), AIDS, aos 45 anos.

4 de dezembro de 1993 - Frank Zappa, câncer, aos 52 anos.

5 de abril de 1994 - Kurt Cobain (vocalista e guitarrista do Nirvana), suicídio aos 27 anos.

3 de março de 1996 – Mamonas Assassinas – queda de avião

15 de abril de 2001 - Joey Ramone (vocalista dos Ramones), câncer linfático, aos 49 anos.

29 de novembro de 2001 - George Harrison (guitarrista dos Beatles), câncer, aos 58 anos.


E o último contabilizado:

4 de fevereiro de 2009 - Lux Interior (vocalista do The Cramps), complicações cardíacas, aos 62 anos.




***Para ler ouvindo o terceiro movimento da sonata nº 2 para piano em si bemol menor, op. 35 de Frédéric François Chopin (Fryderyk Franciszek Chopin, 1810–49), mais conhecida como MARCHA FÚNEBRE.


sexta-feira, 6 de março de 2009

Na cama com Rubinho

O quarto e último post sobre Música Terrorista vem mostrar a vingança. Sim, quando ainda existe o sexo após o coito interrompido. Aquela coisa vulgar que uns adoram e outros vão ao psicólogo por isso.

Mas sexo é algo interessante. A maioria das pessoas diz que é a melhor coisa da vida... mas a maioria das pessoas também tem problemas emotivos, morais e irracionais na hora de fazê-lo. Alguém está mentindo. Que minta. Eu não gosto muito de chocolate mesmo...

Música Terrorista IV
Sempre que você aparece na minha cama
eu entendo, meu bem
É facil demais encontrar o que a gente
já conhece tão bem

Mas algo sempre muda
Aquilo tudo agora é só um detalhe
O seu amor pra mim,
me desculpe, mas agora não vale
Eu sinto muito, mas hoje eu só quero
SEXO

Depois a gente acorda enroladinhos entre dois travesseiros
O sol vem da janela para despertar o primeiro beijo

Mas eu não aguento
A vontade é de cuspir na tua cara
O ódio me corrompe
Eu não tenho mais sangue de barata
Te jogo no esgoto eu só quero que você
MORRA

quarta-feira, 4 de março de 2009

Sampseuda




Uma cidade, três noites, infinita pseudagem


Repórter investigativo que sou, fui para São Paulo desvendar a pseudagem existente entre todo aquele mar de coisas e pessoas e prédios e asfalto. Minha função era me aprofundar no que de pseudo existe nas entranhas da noite paulistana. Entre encontros com ex-casos, amigos, novos conhecimentos de almas e afins, o fim de semana cumpriu o que prometeu.



Sexta-Feira, Clube Berlin, Júpiter Maçã.

Uma mulher estranha cantando melodias para bebês dormirem foi o que avistei por quase primeiro no Clube Berlin. Ela batia no violão antes de começar a tocá-lo no intuito de uma percussão irritante e melodramática. Não deu. Todos, sonolentos, queriam matá-la. A pseudagem, as vezes, acaba por querer trucidar-se antes que o mundo em volta se torne vulgar.

Antes, apenas um calor e pessoas e clima de festa de república. Mojito foi a bebida da noite.



E no palco: Jupitão, que está se recuperando de sua vida louca vida e, careca, fez um show profundo, entoando com sua voz quase não voz, as melodias de suas loucuras. Tomando, pasme, água todo o tempo e com uma nítida massa corrida na cara, cantou seus sucessos junto com uma banda ótima liderada por Thunderbird, o VJ. Faltou Beatle George e Síndrome de Pânico, o que me deixou abismado.


O olhar de seu Júpiter era perdido. Não sabia se fechava os olhos, se olhava para os que, em volta, gritavam seu nome ou se simplesmente arrancava-os da face. Na última música, Júpiter simplesmente saiu do palco e foi pra rua, literalmente.


E no fim da noite, dancinhas, loucurinhas and marcian-beatle-love.

Participações: Marianinha, Antas, Celinha, Marcianita, Jupiter, Thunderbird...


Sábado. Um Drink no Inferno.

Tá, o Inferno nem é tão pseudo assim. Não! É sim.

A Augusta, em si, é pseuda. Até visões paranormais tive por lá. Fantas

mas que aparecem no banheiro, pelo espelho, tipo algo Potheirgeist III.

Mas o melhor e mais pseudo acontecimento foi a balada no Clube Inferno. Abraçamos o capeta e literalmente ficamos enfurnados e acalourados com bandas de ska/funk. Já ouviu falar? É simples. Bota uns barbudos estranhos, uns caras com metais, cornetas, sax e afins, joga um ritmo na guitarrinha e sai pulando. Brahma foi a bebida da noite com um toque de catuaba.





Outras visitas: teatro Sesc Paulista (peça Histórias de Chocar).

Participações: Didi, Marianinha, Celina, Bruno, Lau, Dani, Tainã e amigos, conhecidos pelas ruas, etc.









Domingo. Gambiarra, La fiesta.

Após um vasto domingo de recuperação, findamos o almoço no início da noite. Entre Ray Charles, Mika e Beatles, saímos pela rua para passear. À procura de um bar na Augusta, preferimos a Frei Caneca. O Bar da Loca, com o dono cheio de medalhas e correntes, nos proporcionou encontros com amigos de novíssima e

longa data. Foi bom.

De lá seguimos para A FESTA esperada: Gambiarra. Para se ter ideia da pseudagem, estudantes de teatro, atores e diretores, além de artistas em geral, pagam 50% da entrada. A balada tem três ambientes, além dos aconchegantes cantos com sofás, bares tudo junto num hotel enorme. É, meus caros, lá foi a grande experiência pseuda do fim de semana. Entre o que escutei, lembro de Mutantes, sambas antigos, The Cure, Abba, B52... e uma porrada de coisas e ambientes e pessoas e bebidas... é meu mais novo lugar preferido.

Participações: Mau, Thales, Camila, Didi, Marianinha, Dani,

Tainã, Diego, amiga dos dreads, Pitty, francês, Souza, etc.