quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Música Terrorista III


Porque se você perceber a gente sempre tem vontade de acabar com tudo na raiz, cortando todo aquele mal necessário. Mas no fim de tudo a gente mistura com a lembrança do beijo. Porque beijo sim é algo que fica, marca na alma.

Acho até que um beijo pode ser mais poderoso que qualquer prazer ligado ou não a ele. A gente sempre lembra do gosto do beijo. Do modo como se foi beijado. Mesmo que o sexo seja mais popular, pense... quando você lembra de alguém, pensa no orgasmo que sentiu ou no beijo trocado que aliviava todo e qualquer estresse que existisse naquele momento?

Se você acha que é mesmo o orgasmo, tá bem. A gente aceita também a promiscuidade e a putanhice alheia. Welcome to the jungle.

Segue a próxima edição:

Música Terrorista III

Quando você for dormirrrrrrrrrrr
Cuidado...
posso estar embaixo da cama,
atrás do armário...

Quando você dirigirrrrrrrr
Cuidado!!!
posso entupir o escapamento
deixar o seu pneu furado...

Quando você confessarrrrrrrrr
Cuidado, dear...
Posso estar lá pra ouvir,
posso ser o padre, o pastor
com um machado...

...pra cortar o queijooooouuuuuu,
misturar com um beijouuuuuuu
enrolado!



ps.: Entedeu a piada com o Kiss??? Hohohoho...

ps1.: Não me refiro aqueles beijos suados de baladas onde cinquenta passam saliva para outros cinquenta afim de pegar sapinho. Beijos de amor, eu quis dizer... hunf...

ps2.: se você está impaciente para que continuemos com a pseudagem, acalme-se. Pense que estudar o amor e o ódio pode ser muito mais pseudo do que você pensa.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Música Terrorista II

Daí vem aquela vontade doida de desaparecer com a pessoa... e fiz a canção terrorista número 2.

é aquela em que a gente tem vontade de desfigurar... de desconhecer a pessoa...

segue:

Música Terrorista II

Eu quero você já
par que eu possa te apertar
como faço
de vez em quando
com minhas espinhas

Eu quero você já
eu quero te esmagar
como quando
eu piso sem querer
nas formiguinhas

Um pouco de ácido
Pra te desfigurar
Seu rostinho bonito
Eu vou apagar...



"Female Troubles"... já assistiu? então assista!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Músicas Terroristas

Em um dos milhares de pés-na-bunda que tomei na vida, a raiva foi bastante. O ódio, como se costuma dizer, anda de mãos dadas com o amor. E se são as mesmas coisas, se entregam juntos no sentimento. O ódio só existe porque também existe o amor.


Pense! Você odeia algo porque ama outro algo ou fato. Se você ama uma pessoa, vai odiá-la se houver um rompimento. Claro que tudo depende. Mas relacionamentos são assim. Começa rosas e termina espinho, lembrando que ambos fazem parte da mesma planta.


Continuando...

Deste pé-na-bunda clássico, surgiu algumas canções que vou postar aos poucos por aqui. Essas canções também chamo de canções de curta-metragem. Duram um minuto!

A primeira era a vontade de consumar tudo. Entrar pela janela e cometer um assassinatocídio. Sem nenhuma apologia lindemberguiana.


Segue:




Música Terrorista I

Eu entrei pela sua janela
e descontei tudo o que eu tinha
pra descontar em você (2x)

E foi sangue para todo lado
no nariz
e no canto da boca

E foi cuspe para todo lado
na sua cara
na sua roupa... AH!

Eu entrei pela sua janela
e descontei tudo o que eu tinha
pra descontar em você (2x)


E foi sangue para todo lado
no nariz
e no canto da boca

E foi cuspe para todo lado
na sua cara
na sua roupa
no canto da boca
na sua roupa
no canto da boca
te beijei...



ps.: esta postagem tem como iniciativa falar sobre a pseudagem sem ser específico e sem citar as palavras "pseudo", "pseudagem" e afins.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A Ema

Nara Marino é companheira de pseudagem das antigas. Mana da alta fase pseuda de nossas vidas. E para continuar a saga, Nara aproveita o gancho e descreve a pseudagem a partir do animal Ema. Inspirada no “não voar” da ave, Nara fala sobre pseudos e pseudas, sem eira nem beira.

Nara, primeira colaboradora do Blog da Pseudagem...


A Ema
por Nara Marino

A ema é um símbolo muito bom para descrever a pseudagem, pelo fato de que, apesar de ter grandes asas, ela não voa. Algo mais ou menos como, apesar da aparência intelectualizada e apologia ao que é considerado intelectual, os pseudos, no geral (com exceção dos pseudos "sinceros" como Tony Azevedo, que de fato contribui com a cultura) não contribuem efetivamente para a cultura e intelectualidade, não propondo novas formas de se ver o mundo, travando novas brigas e tentando pensar novos conceitos. Talvez por isso mesmo, PSEUDO: falso, suposto.

Em geral, (atentando que há sempre exceções, sempre!) os pseudos são presos ainda às fórmulas já existente de se pensar “alternativamente”. Por isso tantas referências aos jovens lutadores da época da ditadura. A forma de pensar dos militantes de esquerda das décadas de 60 e 70 ainda não foi superada, e um claro exemplo é a constante referência que se fazem a eles nas universidades de hoje, principalmente nas discussões, greves e passeatas contra reitores e burocratas dirigentes das universidades. O pseudo de hoje não quer viver uma nova luta, não quer viver uma nova era, não quer trazer conteúdo novo, ele quer “reviver” o que já foi vivido pela juventude décadas atrás.

Quantas vezes não ouvimos eles falando “queria ser jovem em 1968”? Usam as mesmas roupas, ouvem as mesmas músicas e criam músicas embasadas naquelas, numa tentativa de viver essa fantasia, de fantasiar que temos um inimigo claro com quem lutar. Os militares eram visíveis, as práticas e torturas que eles cometiam, palpáveis. Já os inimigos de hoje não são tão fáceis de serem reconhecidos, fazendo as pessoas pensarem que, hoje, não há contra quem lutar, não há motivo de revolta. A revolta natural do jovem está, aparentemente, sem direcionamento.

Porém, ao contrário dessa fantasiosa imaginação, há muito com o que se revoltar. Há ainda muita pobreza no mundo. Muita corrupção. Muita alienação. Muita burocracia (inclusive nas universidades) e fórmulas prontas que castram qualquer imaginação um pouco mais ousada.

Ao invés de tentarmos viver nessa fantasia de 1968, travando lutas que não são nossas, deveríamos tentar abrir o olho para o que existe agora, direcionar nossa revolta e criatividade para o que existe agora. E deixarmos de sermos apenas emas, cujas grandes asas não conseguem alçar voo.

Obs.: apenas a título de esclarecimento, não faço um ataque direcionado e nem me excluo dessa. Muito menos acho que devemos parar de ouvir Chico Buarque! São apenas... reflexões pseudas!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Guia Pseudo para o Carnaval

Quem não chega numa segunda-feira pensando na programação do próximo fim de semana? E ainda mais quando o fim de semana é sinônimo de CARNAVAL? Quer fugir do óbvio do Desfile das Escolas de Samba na Globo? Então pseude-se!!!

Sim... em Piracicaba a pseudagem rola solta no Carnaval. O mais famoso e pseudo-evento do Carnaval piracicabano está por vir. Em vizinhanças da Rua do Porto, já se pode escutar os ensaios e batuques, com direito a saias de chita e sandálias de prata. É o Bloco da Ema que tanto alegra nossa pseudagem.

Protagonizado pelo artista plástico, músico e bem feitor da pseudagem Tony Azevedo, o Bloco da Ema é um já tradicional ponto de encontro para manifestações pseudas. Lá você encontra fantasiados, muitos músicos batucando e os personagens Ema, Cavalo Marinho e o Boi Alado, isso se não fizerem mais nenhum colado com jornais e pintados à la naïf.

Tony falou ao JP: “Somos alternativos e por isso nossa performance é na Rua do Porto, com ritmos populares como maracatu, embolada, ciranda e ritmo de coco”. Calcula-se que 100% dos participantes se encaixam no perfil da pseudagem. Tony é tão pseudo que foi inserido no nosso hino oficial, disposto no Blog em sua segunda postagem. Uma homenagem às suas benfeitorias.

O Bloco da Ema sai às 17 horas da frente do SESC Piracicaba na terça-feira de Carnaval, dia 24!

A ema é uma ave corredora que vive nas planícies da América do Sul, do Brasil até o sul da Argentina, vive nas regiões campestres e cerrados.Embora possua grandes asas, ela não voa.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Chicobuarquinização


Chico Buarque é carioca, tem 64 anos, é compositor, músico e cantor. Além de tudo escreve livros e atua como andarilho pelos calçadões cariocas. Quando se fala nele, se vê multidões venerando sua carreira, seus olhos azuis, suas composições e até sua ausência midiática na psicossomática chicobuarquinização. Pseudagem por completo.

A chicobuarquinização começou quando Chico apareceu, lá em 1966, com A Banda, no Festival de Música Popular Brasileira. Depois disso, passeou em passeatas, fez parte da militância contra a Ditadura Militar, intelectualizou com a MPB da época e fez de tudo um pouco, tudo de forma engajada, o que dá vazão para muita pseudagem.

Hoje, 11 entre 10 pseudos amam o Chico Buarque. “É um herói de guerra”, dizem. Artista completo, que compõe, toca, canta... só falta dançar e ter presença de palco, mas até aí já não existe verossimilhança alguma. O que importa é que militou e foi parte praticante do pensamento pseudo em todos esses anos.


Chico tem toda aquela coisa do “eu-feminino”, a ligação com o teatro, a demora para parir um novo trabalho, o que dá pano pra manga à pseudagem.


Sua-se frio se, em rodas de violão, conversas e outras formas de interação pseudas, o assunto for Chico Buarque. Levantar o indicador e dizer em alto e bom som “eu não gosto”, é como cuspir na cruz em plena leitura do evangelho na capela das freiras concepcionistas.

Chico Buarque deu margem a outros tipos de pseudagem. Da mesma forma “boca chiusa”, Los Hermanos surgiram para continuar a saga. Foram espertos como o Chico e lançaram no começo de tudo uma música pop para arrebanhar atenção e depois borboletaram por aí no “bem que se quis”.


Tocaram na Xuxa, no Faustão, na Hebe, no Ratinho, na Maravilha, Vovó Mafalda, Rede Vida, TV Colosso e agora são completamente pseudos, queridinhos da pseudagem. Para estigmatizar ainda mais, acabaram com a banda. Viraram lenda. Lendas vivas que se solaram, embarbeceram, mas continuam de boca fechada cantando sobre a dor, “morenas”, “moças” e cirandas, e o pior e mais pseudo ainda, em inglês. É fato que existe a chicobuarquinização dos Los Hermanos e deles, brotaram mais poesia, mais melancolia e mais cantos entre os lábios, onde a voz não sai, não se soa, fica aquela meia bomba tentando resmungar alguns parágrafos.


Aplausos, lágrimas, cabelos ao vento e livros marxistas caindo ao chão.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Funk da Pseudagem

Pseudagem, vamo militá
Pseudagem, vamo militá (4X)

Milita,
Milita,
Milita até o Chão... (2X)

Sobe, pseuda...
Sobe, pseuda...
Sobe, pseuda...
Sobe, pseuda...

Pseudagem, vamo militá
Pseudagem, vamo militá (4X)

Olha, o Toni Azevedo...
Olha, o Toni Azevedo...

Pseudagem, vamos cirandar...
Pseudagem, vamos cirandar...
Pseudagem, vamos cirandar...
Pseudagem, vamos cirandar...

Ciranda, ciranda, ciranda até o chão...
Ciranda, ciranda, ciranda até o chão...


Sobe, ema...
Sobe, ema...
Sobe, ema...
Sobe, ema...

Ensaio sobre a Pseudagem

O conceito surgiu de conversas, discussões e potências cerebrais que o álcool promove durante reuniões entre amigos. Surgiu profundamente do teatro amador, onde éramos participantes e assíduos observantes das pessoas teatrais que militavam pela causa e pseudavam em nome da arte e seu próprio egocentrismo sem fundamento.


Descobrimos mais pseudagem na faculdade. Movimentos estudantis são baldes de conceitos, pessoas e estilos pseudos, prontos para serem usados. Para uma faculdade paga como a nossa, a pseudagem rolava solta, pois havia explicitações claras da falta de clarividência sobre os assuntos.


Explico: A pseudagem é um movimento involuntário causado pelas pessoas em seus discursos em meio à sociedade, seja ele pró ou contra a algo ou alguém. Nestes discursos, cabe à pessoa determinar seu gosto a partir do “diferente”, “original”, “alternativo”, “indie” e afins, mesmo que o gosto não seja especificamente o real cravado na pessoa. A falta de sustância e fundamento nos discursos potencializam a pseudagem.


Suas vertentes incluem músicas, filmes, artes plásticas, tipos de comida e todos os gostos pessoais que possam interferir na ideologia pseudo-real deste ser. Sobretudo, a pseudagem domina as áreas da Cultura, História, Política e Arte.

Calculamos a pseudagem pela relevância altruísta, hermética, nonsense e anormal que estão implícitas no tema estudado.


O personagem pseudo gosta de filmes como “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, músicas de ciranda e maracatu, se veste com roupas xadrez, camisa e sandália, além de lenços, saias rodadas e cordas em volta da canela. Na cabeça, boinas, flores de pano, faixas e brincos de semente ou penas. Óculos quadrados com borda grossa e cigarros de palha potencializam o estilo. Barba grande, a fazer, malfeita e suja, também.


Exemplo prático da Pseudagem:


Show do Cordel do Fogo Encantado.

Pseudagens no palco: cantor segurando fogo nas mãos e recitando poemas enquanto os músicos soam um background com direito a violão percussivo e batuques africanos.

Na platéia: público dança em roda de sandálias, calças compridas xadrez, faixas na cabeça, saias rodadas e usando a erva cannabis.

Principal Pseudagem:Dançar em roda remete às danças tribais, excluídas socialmente e recuperadas pelos pseudos para demonstrar sua intelectualidade sobre o tema. O uso de calça xadrez nos anos 60, principalmente por estudantes de esquerda, lutadores e militantes, faz com que estudantes de hoje se inspirem na moda, unindo a sandália tipo "forrozeiro" para dar o ar humilde ao estilo pseudo. A faixa no cabelo das meninas e saias rodadas remetem aos trajes africanos, vindos do quintal do mundo, para a pseudagem beneficente. O uso da cannabis remete à liberdade pseuda, remetida a Bob Marley, Hippies e intelectuais sessentistas. Os pseudos acham que na atualidade a erva ainda é sinal de diferença comportamental.